metrica financeira

5 métricas financeiras que você precisa acompanhar

Ao refletirmos sobre a gestão estratégica nas instituições de ensino superior (IES), observamos que os indicadores de desempenho educacional são uma ferramenta de monitoramento fundamental, a fim de saber se sua instituição está atingindo metas e objetivos.

Entre esses indicadores de performance, ou KPIs (Key Performance Indicators), destacam-se as métricas financeiras, que são valores mensuráveis que oferecem um panorama da saúde financeira da instituição.

As informações fornecidas pelas métricas financeiras somam-se aos demais KPIs institucionais e permitem a você ser proativo em fazer alterações em áreas que estejam apresentando desempenho aquém do desejado e evitar perdas potencialmente graves.

Esse processo garante, em longo prazo, a sustentabilidade do modelo operacional de sua IES e ajuda a determinar os investimentos necessários para se manter na rota do crescimento.

Pensando nisso, neste artigo trazemos 5 métricas financeiras indispensáveis para uma gestão estratégica e explicamos por que esses indicadores têm impacto na qualidade do ensino. Acompanhe!

Por que sua IES precisa fazer acompanhamento constante das métricas financeiras?

Ter métricas financeiras bem definidas e acompanhá-las constantemente é essencial para que os gestores consigam rentabilizar a IES. Em outras palavras, significa acompanhar em tempo real todos os fluxos e as movimentações financeiras, a fim de que a instituição se mantenha saudável e consiga operar.

Em resumo, podemos dizer que apropriar-se das métricas financeiras como insumos para a gestão estratégica permite:

  • ter um panorama e informações reais sobre a geração de receitas;
  • conhecer bem seus recebimentos;
  • mensurar as taxas de inadimplência;
  • ter clareza de quais são os custos atrelados a cada curso, para saber o nível de rentabilização ou prejuízo;
  • medir os resultados de cada unidade da IES (no caso de haver filiais) ou centro de ensino;
  • manter a taxa de adimplência controlada para haver fôlego financeiro, de modo que seja possível honrar os compromissos.

Quais são as principais métricas financeiras?

As principais métricas financeiras de uma IES estão ligadas a formação de receita, despesas, custos operacionais, infraestrutura, captação e evasão de alunos, investimentos gerais, entre outras particularidades. Confira agora, cinco delas.

1. Custo de aquisição de aluno

Utilizando o mesmo conceito do chamado Custo de Aquisição de Clientes (CAC), essa métrica determina quanto sua IES investe em marketing e vendas para conquistar novos alunos. Trata-se de uma ferramenta importante, por exemplo, para determinar quando abrir novas turmas e calcular o tempo médio necessário para obter retorno do investimento realizado.

Para alcançar maior êxito, a IES precisa trabalhar a fim de reduzir o CAC gradualmente, com ações estratégicas como:

2. Retorno sobre o Investimento

O Retorno sobre o Investimento (ROI) é usado para avaliar a eficiência de um investimento ou comparar a eficiência de vários investimentos diferentes. Essa métrica mensura o retorno financeiro de um investimento específico em relação ao custo do investimento realizado.

Na prática, além de permitir observar em detalhes o retorno de cada real investido na instituição, o ROI também oferece uma visão panorâmica dos rumos do negócio. Para que uma organização seja considerada forte e lucrativa, estima-se que a liquidez do ROI esteja na proporção de R$ 4 retornados para cada R$ 1 investido.

3. Custo por aluno

O custo médio por aluno é uma métrica financeira vital para a IES, pois oferece uma margem para saber se há lucratividade ou não. Por consequência, influencia uma série de decisões institucionais, como abrir mais turmas ou aumentar o número de vagas, reduzir ou fechar um curso ou formular estratégias de captação de alunos.

O cálculo do custo médio por aluno é mais ou menos como calcular um fluxo de caixa, uma vez que são somados todos os gastos envolvidos no ensino, como:

  • materiais;
  • administrativos;
  • salários de professores e funcionários;
  • estruturais, entre outros.

Somando tudo isso, divida pelo número de alunos e você chegará ao valor unitário.

4. Taxa de inadimplência

Uma IES com uma taxa de inadimplência alta pode ter sérios problemas no fluxo de caixa, a ponto de até mesmo prejudicar o próprio ensino. Por isso, é preciso mensurar a inadimplência e estruturar ações para mantê-la sob controle, a fim de não somente receber o valor devido, mas também evitar que as mensalidades deixem de ser pagas em dia.

Para saber se a taxa de inadimplência de sua IES está dentro da média, a primeira ação é consultar dados oficiais. Um levantamento do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) apontou que em 2019 a média nacional ficou em 9,3%.

A partir daí, você pode calcular a taxa de inadimplência em sua própria casa. O cálculo é simples, basta dividir as mensalidades pendentes pelo total a ser recebido e multiplicar por 100. Assim você encontrará a porcentagem de inadimplentes em sua IES.

5. Taxa de cancelamentos

Também conhecida como churn, a taxa de cancelamentos é outra preocupação dos gestores. Ela inclui não apenas as matrículas canceladas, mas também os contratos não renovados ― afinal de contas, estes também configuram um tipo de evasão universitária.

Para fazer o cálculo é importante ter em mãos o número total de alunos de determinado período e o total de matrículas canceladas e não renovadas. Divida o total de cancelamentos pelo número de alunos e multiplique por 100 para obter a porcentagem. Procure comparar com outras IES de sua região para saber se está na média ou não.

Como acompanhar as métricas financeiras de forma integrada?

Como as métricas não são simples de medir, uma vez que a vida financeira da IES depende da realização do processo de billing ― cálculo do valor da mensalidade ―, os cálculos são feitos de diversas maneiras e integram tanto o lado acadêmico quanto o financeiro.

Por isso, é essencial usar um sistema de inteligência educacional que permita a integração dos módulos acadêmico e financeiro, a fim de realizar cálculos que se convertam em resultados numéricos. Se os sistemas acadêmico e financeiro são desacoplados financeiramente, medir resultados precisos torna-se quase impossível, em razão da quantidade de variáveis a serem aferidas.

Manter as contas em equilíbrio é essencial para que sua IES se mantenha rentável e promova um ensino de qualidade. Sem dinheiro em caixa não é possível prover ferramentas e infraestrutura, nem contratar professores de forma condizente com as expectativas de excelência institucional.

Dessa forma, as métricas financeiras são o termômetro para que os gestores tomem decisões baseadas em dados reais. Esperamos que este artigo tenha ampliado sua visão sobre a gestão financeira de sua IES. Para ter acesso a mais novidades e artigos exclusivos, curta nossa página no Facebook!

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